Jogadores portugueses usam tampões de ouvidos

21 de junho de 2010

Se as vuvuzelas enfeitam e ditam o ritmo nas arquibancadas nos estádios da África do Sul, dentro de campo os tampões de ouvido já são adereços frequentes entre os atletas. Incomodados, jogadores de Portugal são os primeiros a lançar a moda em busca de ‘paz’ para os ouvidos.

Pouco acostumados ao barulho ensudercedor dos torcedores, Miguel Brito, Miguel Veloso, Daniel Fernandes e o brasileiro naturalizado português Pepe, que estavam no banco de reservas durante a estreia portuguesa contra a Costa do Marfim, utilizaram o protetor para “driblar” os decibéis produzidos pelas tradicionais cornetas sul-africanas.

Entre os jogadores da argentina, a vuvuzela também já é motivo de reclamação. Nesta quinta-feira, o capitão Javier Mascherano alegou que o barulho das vuvuzelas resultou na falha do zagueiro Demichelis no gol do sul-coreano Chuyoung. Segundo o volante, o barulho impediu a comunicação dos atletas durante o lance. A Argentina venceu a partida por 4 a 1.

Torcedores também querem paz

Na contramão dos ‘amantes do barulho’, também há os torcedores que preferem poupar os pulmões. E a audição. Atentos a essa demanda, alguns ambulantes comercializavam os tampões de ouvido pelas arquibancadas do Durban Stadium, momentos antes da estreia da Espanha contra a Suiça, na quarta-feira.

O físico Mario Stipcevic foi além. O croata inventou um filtro doméstico que elimina o som das vuvuzelas, mas não prejudica outros ruídos. “O fato das vuvuzelas produzirem tons na mesma frequência torna possível a eliminação destes por meio de filtros de som que descartam uma pequena parte do espectro”, explicou o físico ao jornal “Jutarnji List”. O tal filtro, porém, ainda não esta à venda.

Fonte: Folha de S. Paulo

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