Desvio de septo: 8 em cada 10 brasileiros têm

21 de fevereiro de 2017
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Você certamente já viu alguém com o nariz meio inchado, com a pele vermelha e com aspecto de casca de laranja. Muita gente acha que é excesso de cravo, mas o nome da doença é rinofima, uma inflamação que começa com vermelhidão e pode até virar câncer. 8 em cada 10 brasileiros têm desvio de septo, ou seja, a parede interna do nariz é torta, mas nem todos os casos exigem operação. O septo nasal é uma “parede” que divide as 2 fossas nasais, possui uma parte óssea e outra cartilaginosa, recobertas por uma mucosa. É uma estrutura com a qual já nascemos e que vai aumentando a medida que crescemos. Em geral, é durante a puberdade que os desvios começam a ocorrer, causando obstrução em uma ou ambas fossas nasais, interrompendo o fluxo de ar e dando a sensação de nariz entupido constantemente.

Segundo a Dra. Francini, o desvio de septo pode ser visto em até 85% da população em diferentes graus. A condição pode levar a outros distúrbios como respiração oral, ronco, sono ruim e apneia, mais chance de sinusite, dificuldade no olfato e, inclusive, dores de cabeça.

Indicação de cirurgia
Apesar do desvio, não são todos os casos que são levados pra mesa de cirurgia. O grau de desconforto depende do local do desvio, em geral, o desconforto é maior quanto mais perto da ponta do nariz. A principal indicação de cirurgia é para pessoas que possuem dificuldades de respiração, mas desvios estéticos e pacientes com dores de cabeça também podem ser analisados.

Rinofima
A rinofima pode ser descrita como a hipertrofia das glândulas sebáceas do nariz que causam alterações na espessura, aspecto, cor e vascularização da pele. Os quadros iniciais se apresentam como uma rosácea, que evolui para um quadro de inflamação crônica. As causas não são totalmente conhecidas, mas observa-se uma maior prevalência em homens e tem como fatores de pré-disposição, a hereditariedade e o hábito de beber.

A rinofima acomete a região do nariz pela grande quantidade de glândulas sebáceas do local, segundo o Dr. Ishida. O diagnóstico precoce torna o controle mais efetivo. A grande preocupação é que a inflamação crônica estimula a multiplicação de células, aumentando a probabilidade de desenvolvimento de tumores cancerígenos.

O tratamento não acaba com a doença, apenas faz a regulação da área atingida. Além do uso de antibióticos pra conter a inflamação em estágios mais brandos, podem ser usados métodos cirúrgicos com laser, bisturi e/ou escova rotativa, visando o remodelamento do nariz.
Fonte: G1

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